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Formada em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, com especialização em Administração pela FIA-USP e MBA em Gestão da Saúde pelo INSPER e Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching e Universidade de Ohio

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Reorganizando o Sistema de Saúde Suplementar

Não há como negar que vivemos uma crise muito mais política-social que econômica. Uma inversão de valores que progride exponencialmente, desde a infância, onde a individualidade é cada vez mais promovida e defendida, em detrimento dos anseios, desejos e necessidades das comunidades onde o indivíduo está inserido.
No sistema de saúde suplementar não é diferente. Longe do foco preventivo, é uma máquina financeira potente e de interesses divergentes entre os diversos atores da cadeia produtiva.
Muito pouco ou quase nada se faz em beneficio do cidadão e consumidor. As atitudes, sejam dos órgãos governamentais, profissionais liberais da saúde ou ainda das operadoras, seguradoras, laboratórios e hospitais é quase unânime em garantir grandes margens frente ao achatamento cada vez maior do poder aquisitivo da população e das empresas mantenedoras deste tipo de benefício para sua base de empregados.
Evidente que não se pode deixar de lado os interesses das empresas de saúde privadas com relação à sua sustentabilidade financeira e lucratividade, mas há que se adotar rapidamente um redirecionamento estratégico a fim de não se esgotar a fonte.
Apostar em especuladores e lobistas que estão muito menos ligados às relações de influência governamentais e cada vez mais  a escândalos e operações policiais, nas mais diferentes esferas, inclusive Saúde, não pode ser sinônimo de nada que vislumbre o bem da qualidade de vida e longevidade dos cidadãos.
Ou revertemos os valores ou nos afundaremos literalmente nos umbrais da corrupção e da mais profunda pobreza humana: a da falta de princípios.
Para tanto, muito mais que doutorados, mestrados ou dirigentes médicos, precisamos antes de tudo de administradores capazes e experientes, com habilidade estratégica, de planejamento e liderança para execução com inovação e quebra de paradigmas e que o façam além de seus certificados de especialistas acadêmicos.
Embora a categoria menospreze a capacidade de profissionais de primeira linha e se entregue à própria sorte de lobistas e profissionais sem conhecimento do setor entendendo ter clareza dos rumos a serem seguidos, precisarão repensar se quiserem se perdurar e manter alguma credibilidade perante a população.
 O verdadeiro rumo deverá muito em breve ser ditado pelos usuários e empresários que mantém o setor da saúde suplementar, pelo resultado do binômio "eficiência x custos", que inviabilizará rapidamente toda a cadeia.
Por isso, não podemos nos apartar desta discussão. Ou determinamos as condutas pelas regras naturais do consumo, ou ficaremos à mercê de um sistema visivelmente fadado a sucumbir.

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