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Formada em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, com especialização em Administração pela FIA-USP e MBA em Gestão da Saúde pelo INSPER e Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching e Universidade de Ohio

terça-feira, 9 de julho de 2013

Isso é medicina? Protesto!

Nossos dias demonstram que o equilíbrio entre o valor material e o valor sentimental estão cada vez mais desbalanceados.
Não falo somente da falta de solidariedade e respeito nas ruas, com as pessoas.
Não só do empurra-empurra nos acessos a ônibus e metrôs, nas discussões por vagas nos estacionamentos de shoppings, daqueles que não dão assento às grávidas.
Nem falo tão pouco da falta de amor ao próximo, com os que passam fome ou ainda dormem nas ruas, os dementes, os velhos, as crianças molestadas por detentores de mentes perturbadas. 
Não falo só de pais que matam filhos e filhos que matam pais por valores questionáveis e motivos torpes.
Não falo somente dos crimes hediondos que vemos nas mídias sensacionalistas, nem da política suja e corrompida de nossos governantes.
Falo também daqueles que são corrompidos anônimos. Que se escondem atrás de seus "canudos", doutorados e mestrados, valendo-se disso para cometer verdadeiros crimes à vida. 
Daqueles que proferem votos de ética quando acadêmicos e que se deixam levar pelas cifras que podem acumular, a qualquer custo, incluindo a vida do outro. 
Falo dos que se entregam ao dinheiro fácil e manipulam vidas, daqueles que cometem extorsão pelo falta de humanidade, pela feliz fugacidade que podem proporcionar alguns trocados a mais.
Falo daqueles a quem confiamos nossas vidas, a quem acreditamos zelar pela nossa saúde e que não vêm em nós mais do que a representação de 30% a mais na prótese que podem implantar ou na cirurgia que podem realizar para alguns honorários a mais no fim do dia.
Não me tomem como generalista, pois é fato que há aqueles que se diferenciam em todos os pontos aqui colocados, com ética e valores inquestionáveis. 
Mas hoje estou apenas compartilhando a minha indignação com o lado escuro e obscuro da saúde suplementar. Contra a verdadeira máfia que se esconde por trás da máscara da saúde.
É... estou indignada. Pela falta de atuação forte na regulação ética dos "profissionais" deste setor.
Indignação pelo egoísmo do homem. Pelo animalismo dos profissionais liberais. Nestes dias de protesto, acho que estou protestando. 
Sim, isto é um protesto. 
Contra o desejo pelas coisas fáceis. Pelos que acham que "não têm nada com isso".
Um protesto contra a falta de humanização.
Um protesto contra a falta de caridade.
Um protesto contra a falta de valores éticos verdadeiros.
Pela falta de responsabilidade pessoal e vontade de ser bom, fazer o bem.
Um protesto pela falta de amor!
Tenho dito.

Grande abraço,

Jessica M Gomes

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Você, líder, dorme bem?

Cada vez mais creio que o que difere as pessoas umas das outras é tão somente a maneira como encaram as situações que se lhe apresentam.

Não é incomum que em situações difíceis se tenha dificuldades em decidir sobre qual o melhor caminho.

Em situações onde mudar é fundamental, ter na liderança problemas de tomada de decisão e rupturas é crítico agravante do contexto.

Tão crítico também são os comportamentos dos líderes que limitam sua responsabilidade àquilo que lhes bonifica o bolso diretamente.

Tenho vivenciado experiências as mais diversas, onde grandes empresas enveredam por caminhos conflituosos, por vezes em desequilíbrio fatal entre custo e qualidade, com foco meramente financeiro, para benefício dos que operam o próprio bônus.

Normalmente geradas por decisões equivocadas de sua própria gestão, estas dificuldades implicam atitudes as mais estapafúrdias, que vão desde o fim de iniciativas de sucesso -  com desperdício total da imagem de qualidade já conquistada -  à dispensa de capital intelectual de qualidade para a redução de custos operacionais.

Como já disse em vezes anteriores, já ouvi CEOs advogando em favor de um alto turn over justificando-o como resultado de uma "oxigenação" natural da organização.

Ora, há que se justificar tudo o que for necessário para a manutenção do status quo da governança geradora do desequilíbrio, o que é esperado, embora inadmissível em tal argumento.

Há quem justifique gastos pessoais de monta inadequada aos caixas da organização considerando um investimento ao estímulo de vendas. Estes são capazes de convencer pela simples competência da oratória e soluções de curto prazo fadadas ao insucesso rápido.

Há aqueles que acreditam que conseguem perdurar por muito tempo pela força do discurso.

Mas o fato, colegas, é um só: não há castelo que perdure com fundação de areia.

O trabalho árduo não só dignifica, mas dá sabor às conquistas, credibilidade à liderança e coesão de equipe.

Além do que, nada é mais salutar que ter uma noite de sono tranquila, depois de um dia de trabalho duro e honesto.

Eu durmo bem. E você?

Grande abraço,

Jessica M Gomes



sábado, 13 de abril de 2013

Se tudo vai bem, vc precisa de alguém?

É prerrogativa de cada organização garantir a perenidade de seus investimentos.

Na compra de um equipamento, por exemplo, a manutenção, percentual de ocupação, cuidados no uso, capacitação de quem opera e etc, vão garantir a durabilidade e justificar o investimento de compra, depreciação e consequente lucratividade.

Quando falamos de um equipamento isso muito lógico e tangível. Quando o assunto são serviços de relacionamento, aí a lógica se distorce na mente de quem define diretrizes institucionais.

Verdade é que todos acreditam que "relacionamento com clientes" seja uma atividade bastante simples de garantir perenidade, básica questão de processos, organização, método, políticas e treinamento.

Ocorre que nada disso se sustenta ao longo do tempo se não houver uma liderança forte, com conhecimento em relacionamento humano, com equipe engajada e que mantenha o foco no trabalho em equipe, coesão de time, objetivos e resultados.

Falando assim, não existe nada de novo. Coisas que estamos cansados de saber, aprender, ler, ouvir.

A questão aqui é encontrar quem na prática consiga levar adiante, com compromisso e resultados, equipes de 10 a 10 mil funcionários.

Nas minhas experiências, tenho visto empresas - em especial no setor da saúde - investirem milhões em consultorias para garantia de resultados processuais e financeiros, com resultados que massacram o clima organizacional e destroem investimentos passados, deteriorando resultados futuros.

Por mais simples que pareça, conseguir manter a excelência de serviços alcançada com custo operacional equilibrado exige competência de quem sabe liderar pessoas e não somente processos, finanças e politicas institucionais.

Difícil ainda é encontrar quem efetivamente saiba cumprir com tais entregas, mediante a banalização dos profissionais do setor e o "achismo" de profissionais de outras categorias/setores como comercial, marketing, recursos humanos e inclusive médicos e enfermeiros, que entendem serem capazes de conduzir com o expertise que têm, a liderança de áreas de relacionamento.

Engano. Quando tudo vai bem, há a tendência de se achar que é simples manter o vôo em céu de brigadeiro, que não se precisa de alguém diferenciado com remuneração igualmente diferenciada, para garantir a perenidade dos serviços.

Auto-suficiência, arrogância mesmo.

Ora, imagine se um profissional de atendimento resolvesse liderar uma área cirúrgica, comercial ou de eventos, por exemplo. Não podemos imaginar que seja impossível num primeiro momento, mas certamente as dificuldades serão muitas para engajar, obter resultados e quiçá garantir sustentabilidade ao longo do tempo.

Subestimar o caráter estratégico de áreas de relacionamento e prestação de serviços, encarando a condução de maneira medíocre e simplista só leva à degradação em médio prazo.

Em um ou dois anos, no máximo, organizações que adotam este tipo de diretriz acabam por comprometer serviço, imagem, resultados financeiros e sua própria identidade.

Analogicamente, nas relações humanas, quando tudo vai bem, tendemos a imaginar que não precisamos de ninguém. Mas este é um pensamento completamente equivocado. É exatamente quando as coisas vão bem, quem precisamos de força conjunta para reunir e estocar energia necessária para épocas difíceis.

E com você? Se vai tudo bem, você precisa de alguém?

Grande abraço,

Jessica M Gomes










sexta-feira, 29 de março de 2013

Ser melhor - Você é capaz de renascer?

O mercado de trabalho, em especial na área de Relacionamento com Clientes, é farto de profissionais, populoso mesmo.
Entretanto, tenho notado  - com certa tristeza - que o foco no desenvolvimento dos recursos humanos tem deixado a desejar. Desde o âmbito de formação familiar, escolar, acadêmica e profissional.
Acredita-se que o conhecimento é suficiente para o bom desempenho, mas de fato o que o mundo corporativo necessita é muito mais que isso.
As organizações espelham um cotidiano tresloucado, com um "dinamismo" insano de quem acredita que ter muito a fazer é sinônimo de trabalho e onde cada vez mais se deixam levar pelos "acontecimentos", pela gestão de conflitos.
No mundo de hoje é difícil saber quem domina quem: se a tecnologia e a informação estão a favor do homem ou se homem está para atender ao domínio da velocidade imposta pelo hábito e vício do uso da tecnologia e da informação.
A sensação assemelha-se a uma maratona sem fim, uma corrida eterna, nos 220 Watts de potência, cheirando a queimado, sem jamais avistar a linha de chegada..
Deparo-me com jovens que não têm a menor ideia do que desejam ser, em que desejam se desenvolver, o que gostam de fazer. O que todos querem é ter uma tal de "oportunidade" para ganhar mais e ter uma posição de destaque.
Não sei exatamente quem é esta entidade, a tal da "oportunidade", que esperam receber de alguém que lhes dê uma "chance", que "aposte" neles.
Sou da época onde a satisfação vinha da conquista pela atitude, pelo bordão de "quem sabe faz a hora não espera acontecer"! Conquista de notas na escola, de confiança, de amigos, de um bom trabalho, de um amor, de um mundo melhor. Um mundo de ideologias, sim: "Ideologia, eu quero uma prá viver".
Hoje, diante de tantos jovens sem rumo, sem ideais, sem perspectivas sobre seu legado, pergunto-me onde foram parar os desejos de realização, entrega pessoal, dedicação.
Onde anda a educação, a gentileza e a solidariedade,além das palalvras dos postings de facebook. Onde anda a atitude?
Trabalho com áreas de relacionamento em um setor onde a carência de humanização é cada vez mais reflexo de uma total falta de compaixão, de amor o próximo e solidariedade dos dias de hoje.
Ter é a palavra de ordem. Líderes são cada vez mais raros. O poder é mais desejado pelo ego e vaidade que  pela sensação de conquista e mérito. 
O respeito e a ética são palavras vazias de atitude, vigorando em manuais de conduta em suas letras serifadas e maiúsculas, como se estar escrito representasse a realização destes valores vitais e raros.
Mas ainda assim, tenho a minha ideologia, meus valores e minha felicidade que neles reside. 
Acredito em fazer a diferença e satisfazer-me com isso. Acredito em doação, em compartilhamento, caridade. 
Acredito que posso fazer sempre mais e melhor e isso me move para o dia seguinte. Acredito em humildade. Creio no poder da realização daquilo em que acredito. Esforço-me em todos os momentos para dar uma contribuição, mesmo que pequena, mesmo que para poucos, que os faça refletir e agir diferente. Isso me faz sentir uma pessoa melhor. Realizada! Que renasce a cada dia! Creio nisso, com toda minha fé!
E você, acredita que pode ser e fazer melhor?

Um grande abraço!

domingo, 3 de março de 2013

Você sabe usar o e-mail?

O uso de e-mails nas relações de trabalho e nas relações pessoais tem se tornado cada vez mais intenso.

Ocorre que  habilidade da escrita com garantia de interpretação assertiva não é competência generalizada, em especial nos dias de hoje.

O inverso também é verdadeiro: interpretações contaminadas por pré-conceitos e pessoalidades são cada vez mais frequentes.

O bom e velho telefone, com o apoio auditivo e a possibilidade de responder a dúvidas e esclarecer questões rapidamente, tem sido deixado de lado. Postura comum  também é o mau hábito de não se atender ao telefone até o segundo toque. Ao contrário, há quem não atenda para "ganhar tempo" em outras atividades e outros que "tiram do gancho" para não serem interrompidos.

Poderíamos elencar alguns dos diferentes motivos para este cenário: 
  • a velocidade e otimização de recursos exigidos que impelem o profissional a fazer um volume muito maior de mais tarefas,
  • a falta de investimento em sistemas de apoio inteligentes que implicam mais tarefas
  • reuniões ineficientes, sem pauta e horários de inicio e fim
  • a própria realidade atual, onde o uso de meios eletrônicos nos relacionamentos favorecem o distanciamento das relações "olho no olho".
Podemos listar também as consequências:
  • ineficiência operacional
  • deterioração e distanciamento das relações
  • favorecimento aos conflitos
  • fomentação da procrastinação
  • comprometimento de prazos
  • repasse da responsabilidade para o outro questões ( nem sempre há tempo de leitura para o imenso volume de e-mails, o que dá a chance de dizer que "ficou parado com fulano")
  • desestimulo ao trabalho em equipe
  • limitação da inovação
  • reduz a satisfação
  • comprometimento do clima organizacional e resultados, entre outra série de questões.

Líderes também se enquadram e servem como modelo para o mau uso do canal e-mail: seja mandando "recados" generalizados, seja encaminhando orientações e informações evitando questionamentos e mantendo sua zona de conforto. Além de mantê-los longe das áreas operacionais.

Não é nada incomum encontrar líderes de organizações que, por vezes, trabalham por anos sem nunca terem visitado o "chão da fábrica".

O desenvolvimento de pessoas fica inevitavelmente comprometido, mas leva mais tempo para serem percebidos como parte afetada pelo mau uso do e-mail.

Entretanto, nada disso elimina a necessidade e os benefícios do uso do e-mail, em especial como forma de documentação, como eram os "memorandos", no passado, bem como o uso de outros meios eletrônicos.

Neste sentido, algumas empresas, além das já existentes políticas de utilização, estão decidindo limitar o uso de e-mails.

Isso leva a outro questionamento: limitar seria o caminho adequado, ou apenas o mais fácil que desenvolver e proporcionar uma mudança cultural?

A dica de hoje é para reflexão de seu comportamento.

Grande abraço,

Jessica M Gomes



sábado, 2 de março de 2013

Preocupação?

Quero compartilhar hoje um dos maiores aprendizados em minha vida profissional e pessoal.

Um aprendizado nada fácil, é fato, mas que se trabalharmos com afinco e, em especial, se nos dispusermos a aprender algumas técnicas de meditação, pode nos ajudar e muito.

Viver o momento presente não é nada fácil para nós que, desde sempre, somos treinados para manter a mente ativa e dominante.

Mas ocupar-se previamente com suposições e hipóteses em excesso pode causar um nível de estresse muito maior que o necessário para uma determinada situação.

É o que costumamos chamar de "Preocupação". Quando nos pré-ocupamos, não nos ocupamos de atuar em questões presentes que podem afetar o hoje e também o amanhã.

É preciso muito cuidado para não confundir este comportamento com atitude de cautela ou análise de variáveis para a tomada de decisão.

A "preocupação" diferencia-se pelo grau de emoção associado: normalmente, sentimos angústia.  Uma sensação de que não conseguiremos passar pelo problema , de que há alguma coisa vazando pelos vãos dos dedos e, não é incomum ,  auto-culpabilidade por eventualmente não conseguirmos cobrir todas as possibilidades.

É um estado condicional, quase um auto- flagelo mental, onde as perguntas inciam por : "E se....".

Aprender a dominar a mente com relação à "pré-ocupação" é um desenvolvimento de auto-controle que não podemos deixar de lado.

A pior situação num ambiente profissional e mesmo no pessoal é permitir que a "preocupação" nos domine. Ela é fatal e pode levar ao congelamento, medo, instalação da falta de atitude, da manutenção do status quo, da estagnação.

Essa é a dica de hoje! Medite!

Grande abraço

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Contratação, Promoção ou Demissão - a responsabilidade é sua!

Uma das situações mais comuns que tenho encontrado em minha carreira no setor de saúde diz respeito aos processos de contratação, promoção e demissão.

Vejo que as organizações não têm muita assertividade nas decisões destes processos por uma série de questões. Uma  delas está na fragilidade da condução, de modo geral. .

Seja pela distância das áreas de recursos humanos com relação aos processos core das empresas, seja por despreparo da liderança para a tomada de decisão nestes eventos, o que se vê é um movimento de turn over relativamente alto e, em muitas ocasiões, insatisfação dos envolvidos (candidatos e funcionários) pela forma de condução destes processos.

Já ouvi discursos que alegam que o turn over pode ser encarado como uma "seleção natural". Que os funcionários que saem da instituição, por exemplo, são aqueles que realmente deveriam sair. E os que ficam, o fazem porque são os mais adequados e aptos a ficar.

Claro que teorias podem ser usadas como mais convier a quem as defende. Na minha opinião, chamaria de um completo despreparo.

No caso de promoções é comum a subjetividade e o uso deste mecanismo como uma mera fora de reconhecimento pelo bom desempenho atual. Promoções sem prontidão exigem empenho da liderança e clareza do profissional envolvido de que trata-se de uma "ida sem volta". O insucesso é uma responsabilidade compartilhada, mas maior por parte de quem lidera.

Mas meu objetivo aqui não é entrar no mérito de cada uma dessas possibilidades. Quero sim, alertar as organizações de que está mais que na hora de conduzirem processos de contratação, promoção ou desligamentos com o uso de um valor intrínsico às relações e sem o qual nenhum desfecho pode ter sucesso: RESPEITO.

Falta respeito pelo ser humano. Falta sinceridade, consideração, embasamento, coragem, empatia, determinação, envolvimento, profundidade e entendimento da seriedade exigida para a condução destas situações. Falta preparo, acompanhamento, controle, faltam processos.

Então, a dica hoje é pensar sempre: estou agindo com o outro como gostaria que agissem comigo? No que minha decisão, seja qual for, pode impactar o outro? Considerando todas as necessidades, o processo realizado atende ao contexto geral?

Grande abraço!

Jessica M Gomes





terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Você é intolerante?

Confesso que um dos meus defeitos é o meu baixo grau de tolerância com pessoas não cooperativas, de raciocínio curto e que buscam argumentos os mais estapafúrdios para evitar responsabilidades.

É lógico e factual que lidamos com profissionais de todos os níveis de prontidão, estilos e comportamentos e  que saber lidar com esta diversidade é uma arte de relacionamento.

Conviver com comportamentos unilaterais, onde a cooperação é rua de mão única, uma relação ganha-perde não deveria ser tão doloroso, não é verdade? Afinal, egoísmo e preservação são instintivos.

Quem sabe este seja este o limiar entre os profissionais que nasceram para execução e aqueles que nasceram para liderar: o desejo de arriscar, de ir além.

Para aprimoramento profissional é necessário disposição para o aprendizado, para cooperar e ir além. Executar o que se espera é admitir-se mediano. Permitir-se a mediocridade é acomodar-se em suas limitações.

Desafiar-se diariamente é produtivo. Muito mais divertido que desafiar a outros, conflituosamente. É saudável, produz adrenalina e proporciona satisfação ao atingir o desafio proposto.

Arriscar com propriedade, planejamento e cautela é como um combustível para fazer mais e melhor.

Saber quando avançar ou recuar, quando dar mais corda ou encurtá-la, quando ceder e quando se posicionar , exige mais que simples desejo.

Compartilho com vocês o que tenho praticado para  trabalhar meu baixo grau de tolerância com questões que me incomodam:

Uma boa dose de serenidade para aceitar o que não posso mudar + coragem para mudar as coisas que posso + ponderação, análise e reflexão para conseguir distinguir a diferença entre estas duas coisas com sabedoria.

Grande abraço,

Jessica M Gomes

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Conquistar ou Esperar, eis a questão!

Vivemos um momento social de rápida transição e muito peculiar.

A velocidade da informação e a maneira introspectiva de se relacionar hoje em dia aponta uma nova visão de mundo com coisas muito boas, mas também com consequências que devem ser um importante ponto de atenção.

A "sociedade terabytes" exala informação por um lado e falta de atitude por outro.

Em tempos anteriores, "conquista" era uma palavra doce aos ouvidos dos determinados, destemidos, ambiciosos. Conquistar, sinônimo de lutar por alguma coisa, parece não ter mais sentido hoje em dia.

Numa realidade onde tudo vem até nós com um duplo clique, "correr atrás", buscar", "perseguir" parecem expressões e verbos cada vez menos conhecidos, tanto no universo pessoal quanto no profissional.

Mas profissionalmente tudo fica muito mais evidente. Antes, as pessoas se sentiam responsáveis por atingir metas e objetivos. Hoje, é comum ouvir discursos e ver comportamentos onde se espera que as metas e objetivos venham até as pessoas.

Se as coisas não acontecem como se deseja é sempre porquê alguém deixou de fazer algo, ou ninguém lembrou de alguma coisa. Sempre na terceira pessoa, repetindo a postura de quem espera que as coisas aconteçam na vida com um duplo clique. Simplistas.

As empresas estão cheias de "profissionais" simplistas, para os quais as coisas são como são porque alguém assim quis ou deixou de querer.

 Analogicamente a uma apresentação teatral, assemelham-se a críticos com pouca ou nenhuma experiência que se satisfazem em julgar os poucos atores, como se soubessem fazer melhor. Estratégia para tirar o foco de si mesmos.

Assumem a posição de observadores e creem piamente que estão fazendo o seu melhor: esperar que alguém faça.

O mais alarmante neste cenário é que este comportamento já galgou posições de liderança e muitos destes são os modelos, referências para os que já iniciam a vida na chamada "geração Y, Z".

A história demonstra que apenas o tempo e a vivência de consequências do comportamento humano é capaz de promover mudanças. A maturidade vem do aprendizado.

Ficar com o que de bom existe e ter a coragem de mudar o que não agrega valor é questão de sobrevivência. Chegar lá é questão de tempo e vontade!

E você, como investe seu tempo? Prefere a conquista ou a espera?

Grande abraço,

Jessica M Gomes

A Cultura da Procrastinação

As culturas empresariais são, via de regra, as grandes responsáveis pelos resultados das organizações ao longo do tempo.

No setor da saúde, em especial, parece comum encontrar ambientes cheios de idéias e com baixo nível de execução, resultado de uma cultura de procrastinação.

Comum que não se implemente o bom, por objetivar o ideal. Parece não existir meio termo. Falta de visão construtivista.

Os comportamentos de uma cultura de procrastinação caracterizam-se basicamente por evitar tarefas, atribuindo-as a outros.

O fato é que se você não executa não corre risco de errar e, portanto, de ser responsabilizado pelos seus atos. Um comportamento de auto-sabotagem pura. Avesso ao aprimoramento e aprendizado. Focado em culpabilidade e com alto grau de miopia.

Normalmente, observa-se grande dificuldade em seguir orientações, um forte receio de avaliações, um apego a paradigmas e a execução pela execução, sem conhecimento e/ou entendimento de táticas e diretrizes.

As decisões são tomadas por impulso, com análise parca e pontual. O discurso difere da prática e não pode ser comprovado.

A aversão a mudanças que desafiem este status quo é outro comportamento consequente deste tipo de cultura onde tudo que se pode fazer hoje fica para amanhã, pois sempre há alguma prioridade que não fora feita anteontem e que ainda precisa ser executada

Evidente que todos estes comportamentos reunidos resultam em baixíssima eficácia, quase nenhuma eficiência, alto nível de estresse e ansiedade, além de um ambiente conflituoso, de pessoalidades, persecutório e de baixíssimo reconhecimento.

Estruturas inchadas, com processos que se acotovelam, ricas em retrabalho e desperdício, com funcionários apáticos, frustrados e que vivem um dia após outro sem nenhuma responsabilidade pessoal, liderança ou conquistas.

Mudar esta cultura é assunto de urgência máxima. Nos dias atuais e futuros, não há sobrevida para organizações construídas sobre estes falsos alicerces.

Mas mudança de cultura exige modelo, coragem e atitude. Tem de vir de dentro para fora, antes de ser de fora para dentro, se é que me entendem.

Então, que tal dizer não à procrastinação?  Depende só de você!

Grande abraço!

Jessica M Gomes


sábado, 5 de janeiro de 2013

Consultorias, um mercado prostituído?

Muitas organizações investem milhões em serviços de consultoria.

Não é incomum que instalem seus consultores por anos a fio no ambiente de trabalho de suas empresas clientes, com toda a infra-estrutura necessária, como se fossem parte da organização.

Diz-se que consultorias servem para dizer aos dirigentes maiores das empresas o que grande parte do nível gerencial e diretivo já sabe que precisa fazer, mas como "santo de casa não faz milagre", melhor "investir" para aventar um ar de imparcialidade.

Sem conhecimento do negócio, muitas destas prestadoras de serviços sequer consideram a humanização como peça importante em suas propostas e ações, tão pouco o impacto em clientes e funcionários.

Estabelecem possibilidades de ganhos financeiros através de redução de custos ou otimização de processos à revelia de questões técnico-operacionais e satisfação de clientes e colaboradores. Como se para se perder peso bastasse cortar pernas e braços.

Como papel aceita tudo, números bem "desenhados" são mais que suficientes para estabelecer resultados financeiros que, muitas vezes seriam atingidos rapidamente mesmo sem eles, se não fossem ainda menores encerrando-lhes o próprio contrato, habitualmente, milionário.

Difícil não supor quaisquer colaborações mútuas entre alguns poucos envolvidos, se é que me entendem. Pejorativamente, um setor prostituído.

Fato é que, neste cenário, empresas de consultorias ainda iniciantes ou profissionais aspirantes à esta fatia de mercado deturpam o que efetivamente empresas de consultoria sérias devem e podem trazer de contribuição para o bem geral da organização e sua sustentabilidade no tempo.

Muitos continuam associando esta vertente do mercado ao ganho fácil de dinheiro alto, sem preocupações com o real legado profissional e ético que deveria ser o princípio. Invertem os papéis como se fossem eles, consultores, os que mandam e os funcionários da empresa, meros executores.

Bem, fica o recado, se quer ser um consultor sério, repense. Este tipo de prestação de serviços é, acima de tudo, para quem tem princípios éticos.

Grande abraço,

Jessica M Gomes


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Homens a bombordo!

Com a maior rigidez dos órgãos regulatórios no setor da saúde, as operadoras têm iniciado movimentos para profissionalização no que diz respeito aos seus planos estratégicos, táticos, controles, indicadores, processos e infra-estrutura.

Nas duas últimas décadas seguradoras e operadoras, em especial as maior porte, cresceram e enriqueceram rapidamente, sem se importar muito fortemente com o futuro de suas próprias organizações.

Não obstante os "quadros" de missão, visão e valores que todas ostentam, na prática,a sustentabilidade destas organizações frente às mudanças sócio-econômicas, de comportamento do consumidor e mesmo as de características epidemiológicas vem sendo tratadas reativamente, com visão de curto prazo, pontualmente e de forma desordenada.

Doravante, investir na efetiva profissionalização destas organizações passando da teoria à prática, contornando questões políticas de menor relevância e fazendo acontecer é questão de sobrevivência e não apenas de desejos, vontades e vaidades situacionais.

Estas organizações sofrem do enraizamento de hábitos pouco eficientes e eficazes, os quais não são possíveis de mudança no curto prazo, com profissionais que foram assim lapidados pelo sistema da saúde ao longo dos anos.

Todavia, contratar profissionais de mercado sem lhes conferir o devido empowerment, sem exigir aderência dos que compõem o sistema e alimentando o "status quo" , é uma ação que em pouco ou quase nada resultará.

Nas intempéries do atual cenário, não há mais como manter a direção das organizações como faziam os antigos comandantes de naus, ao curso de correntezas e marés, aos gritos de: "-Homens à bombordo!" ,
 "-Homens à estibordo!", "- Icem as velas!".

Naus, comandantes e seus marujos com esta visão e comportamento estão fadados ao naufrágio. Mais que patentes, precisamos objetivar o bem do sistema como um todo para ter o resultado como consequência natural.

De forma prática é preciso ter: um bom planejamento estratégico, táticas exequíveis, clareza de objetivos, metas viáveis, infra-estrutura tecnológica adequada, aliados à profissionais com habilidade de liderança em todos os níveis, competência técnica, atitude, entrega, foco em resultados, controle, gestão efetiva, inovação e senso de urgência, o mercado se reduzirá e breve a poucos players.

Apenas os que ousarem arriscar e empreender de forma visionária.

Grande abraço,

Jessica M Gomes