Quem sou eu

Minha foto
Formada em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, com especialização em Administração pela FIA-USP e MBA em Gestão da Saúde pelo INSPER e Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching e Universidade de Ohio

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Amigos são amigos. Negócios, à parte.

Num cenário onde a informação voa, a violência cresce, a competitividade é para lá de acirrada, a pressão por resultados é crescente, o assédio moral é comum, numa cultura onde profissionais aos 45 anos já não sejam vistos como "força produtiva" não obstante a maior longevidade da população - os problemas associados à saúde mental na população deste século têm sofrido aumento substancial.

As organizações têm tentado se estruturar para oferecer apoio ao trabalhador. Fato é que ainda há muitos paradigmas a serem quebrados.

Antes há que se fazer muito para que as empresas não sejam as próprias protagonistas da instalação destas doenças através da seu clima organizacional, de formas mais adequadas de gerir os recursos humanos e melhor capacitação de suas lideranças.

Muitos profissionais têm suas síndromes ainda mais potencializadas por não terem "coragem" de buscar ajuda. E não há como negar que o pré-conceito vincula pessoas com qualquer tipo de doença e/ou dependência à fadada incompetência.

Poucas são as empresas onde a área de Recursos Humanos realmente é humana, se posicionando em favor do empregado, oferecendo apoio real, não apenas para evitar possíveis problemas legais.

Apesar dos programas de apoio não podemos esquecer que são gerenciados pelas próprias empresas.

Neste sentido muitos questionam a confidencialidade das áreas de RH.

Ocorre que este setor detém o conhecimento de informações amplas nas organizações e não é incomum associá-las e usá-las como justificativa para qualquer "deslize" do profissional acometido, tendo sempre na mira os portadores de "dificuldades conhecidas" em benefício das "características organizacionais".

Culturalmente ainda não estamos preparados para lidar com estas questões na prática. A teoria é mais humana.

Neste sentido, a sugestão aos profissionais em situação similar é sim, procurar ajuda. Mas, se for possível, procurá-la fora do ambiente de trabalho, com amigos e profissionais habilitados.

O importante é reconhecer a necessidade em tempo e não deixar que sua vida pessoal vire o foco de comentários na organização. Assim, resguarde-se.

Amigos são amigos. Negócios à parte. Ainda é assim que funciona.

Grande abraço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário