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Formada em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, com especialização em Administração pela FIA-USP e MBA em Gestão da Saúde pelo INSPER e Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching e Universidade de Ohio

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Plano perfeito, execução perfeita?

Hoje acompanhei um ente próximo na realização de alguns exames laboratoriais num dos Hospitais Públicos referência em Oncologia na cidade de São Paulo.

Quero compartilhar com vocês o olhar de cliente, tendo o objetivo de fazer um paralelo com os serviços prestados em nossas empresas/hospitais. Somos carentes de um bom planejamento e execução com acompanhamento na crise.

Vejamos o ocorreu.

O primeiro desafio, pós-feriado prolongado, era dar vazão ao volume de atendimentos represados, o que ocorre com todas as empresas. O processo, bastante organizado considerando-se o volume de pacientes, pressupõe chegada antecipada em 30 minutos para retirada de senha (não fornecida com antecedência maior).


O segundo desafio: local sem assentos suficientes para doentes e acompanhantes (a maioria bem debilitados).

O  terceiro desafio: compreender o conceito trabalhado no sistema que fornece as senhas. Os pacientes não entendem como é feita a distribuição dos números, o que confunde bastante e gera conflito (senha maiores chamadas antes de menores, por exemplo).
As partidas ("ranges") de números para este tipo de atendimento tem um limite menor que o volume e em algumas horas as senhas menores passam a ser chamadas mais de uma vez.
Funcionários novos desconhecem os critérios de liberação de senha e fornecem senhas para pacientes para atendimento diverso ao procurado.

O quarto desafio: enxergar o painel de senhas, único na sala e sem visibilidade para muitos.

O quinto desafio: uma senhora muito simpática vestida de rosa, voluntária, organiza a sala de espera. Chama as senhas em voz alta, libera a passagem tumultuada de pessoas em pé e inicia com a maior boa vontade a seleção de pacientes chamados "prioritários" (segundo ela, cadeirantes, portadores de bolsas, pessoas passando muito mal, idosos).

Quando 100% dos pacientes presentes apresentam condições de grande debilidade, o conceito de preferência pode ser fatal. Não demora muito e às 14 horas haviam pessoas desde às 09:00h sem atendimento, embora muitas das 14:00h já tivessem sido liberadas (lembrando que das 12:00h às 14:00h os funcionários se revezam para almoço).

Na linha de frente do cadastro, funcionários são constantemente interrompidos pela voluntária solicitando atendimento preferencial a diversos pacientes que, ao ver que os critérios são subjetivos, a abordam pedindo preferência.

Percebo que funcionários estão eufóricos discutindo com alegria o caso de um colega que ao ser advertido pelo Líder por sucessivos atrasos responde: "Você não tem moral, dorme na sala durante o expediente!" Comentavam: " Nossa, daria tudo para ser uma mosca, só pra ver a cara do fulano, bem feito!"

Então, ficam mais felizes ainda porque havia dado algum "pau" no sistema e muitas senhas chamadas não estavam presentes. Ficariam apenas 20 senhas pendentes da manhã para a turma que entraria o próximo turno, que beleza!

Uma moça muito educada, aparentemente Supervisionando, observa e vê que tudo ocorre como o planejado. Explica e acolhe os clientes mais agitados. Somente lendo meu relato, acreditam que o melhor foi feito?

Fica a dica! Observe com cuidado, em especial se você acha que isso não acontece na sua empresa.
Melhoria é contínua e cada dia deve ser tratado como um dia diferente. Ver, viver e aprender!

Entendem quando digo que precisamos da liderança como exemplo e presente?
O plano só pode ser considerado bom, se for bem executado. Então, se acha que no papel de líder basta "pensar", está enganado. Você precisa ir além disso.

Grande abraço,

Jessica M Gomes

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